No último dia 24 de Junho (Sábado), o SEST SENAT ofereceu um Treinamento na Vega, a qual objetiva a capacitação dos profissionais do setor de transporte. A capacitação possuiu a carga de 4 horas para o aperfeiçoamento das habilidades no ramo de Transporte de Passageiros com Necessidades Especiais, associando a teoria e prática que foi absorvida de forma dinâmica pelos participantes que se dispuseram em conhecer cada vez mais os procedimentos para transportar este público alvo.

Quem são as pessoas com necessidade especiais no transporte? Como tratar as pessoas com dificuldades em locomoção? O que podemos fazer para melhorar o atendimento? Foram os pontos abordados durante o treinamento. Quanto às aulas práticas, simularam situações a fim de fixar o entendimento e usou-se dos próprios participantes a colocar-se no lugar da pessoa deficiente, repensando nas dificuldades encontradas pelos mesmos.

Por meio da Lei nº 13.146, sancionada no dia 6 de julho de 2015, deficientes de natureza física, mental, intelectual e sensorial terão uma série de direitos garantidos e, entre eles, está o uso do Transporte Coletivo. De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, Manaus tem aproximadamente 231 mil portadores de necessidades especiais. Desse número, o levantamento aponta que pelo menos 800 são cadeirantes ou têm alguma dificuldade de locomoção. No entanto, a importância de trazer esse Treinamento para a Vega perpassa à sensibilização dos motoristas que diariamente mantém um contato com este público que requer prudência e gentileza na hora de transportá-los.

“Compreendi que não basta saber, não basta ter o conhecimento, aprender é preciso e temos que colocar em prática o que aprendemos, para fazer um transporte mais humano. Em meio ao curso, adquiri referências e conhecimentos que irão de encontro a um transporte com qualidade, educação e eficiência. Meus conhecimentos foram renovados acerca de transportar pessoas com dificuldades em locomoção”, disse Elbys Gleyk, Instrutor.

Em entrevista concedida pela coordenação do SEST SENAT MANAUS, relatou-se a importância do treinamento para as empresas de Transporte Urbano:

(Vega) Associando o alto índice de portadores de deficiências em Manaus, o que motivou trazer este tipo de Treinamento para a Vega?

(Sest Senat) Por ser uma empresa de Transporte Coletivo de Passageiros que diariamente recebem um número muito grande de usuários tendo uma parte significativa de pessoas que possuem alguma deficiência ou limitação. O SEST SENAT visa a qualificação do colaborador em transporte com o objetivo de sensibilizar, preparar e qualificar os profissionais para um melhor atendimento das pessoas que necessitam de atenção e cuidados especiais no deslocamento diário.

(Vega) Como os participantes do Treinamento absorveram aos procedimentos repassados?

(Sest Senat) O curso foi muito proveitoso e acredito fielmente que conseguimos alcançar o objetivo, que era fazer com que esses profissionais utilizem da empatia, para com o atendimento ao público. Em especial, o que prova pra nós o sucesso do curso foi a emoção do Srº Francisco Marcos  Oliveira do Nascimento, que tinha como objetivo embarcar e se sentar na primeira cadeira do coletivo, após fazer o percurso onde o mesmo estava vendado e utilizando apenas uma bengala, estava visivelmente emocionado, pois conseguiu sentir um pouco do que essas pessoas sofrem diariamente.

(Vega) Sabendo que a sensibilização dos motoristas é essencial para o transporte dos PCD’s, muitos não são tocados pela prestabilidade aos usuários. Qual a vantagem e desvantagem que o SEST SENAT vê na situação para aplicar este treinamento nas empresas de transporte?

(Sest Senat) Antes do condutor, cobrador ou qualquer outro profissional realizar o curso de Transporte de Pessoas com Necessidades Especiais, talvez não tenha a dimensão da importância do serviço que ele presta as pessoas que possuem algum tipo de limitação. No entanto, trazemos para este treinamento atividades de sensibilização com práticas através de cadeiras de rodas, venda nos olhos, imobilização de membros superiores e inferiores para que este profissional envolvido no processo de transporte vivencie na prática como é ser uma pessoa com limitações, desse modo aplicando a empatia quando estiver em atendimento com o usuário que possua alguma limitação. ●